Angola regista 159 casos positivos e 220 recuperados
Desde o início da pandemia no país, as autoridades sanitárias registaram pela primeira vez 159 casos positivos e 220 pacientes recuperados em 24 horas.
A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, neste sábado, 3, em conferência de imprensa, justificou que os crescentes casos positivos, divulgados pela Comissão Multisectorial de Prevenção e Combate à COVOD-19, têm a ver com o aumento da capacidade de testagem no país.
Nas últimas 24 horas também foram registados três óbitos, todos em Luanda, sendo dois cidadãos angolanos e um de nacionalidade portuguesa, com idades entre os 54 e 69 anos.
Na conferência de imprensa, em que também estiveram presentes as ministras da Educação, Luísa Grilo, e a ministra do Ensino Superior, Maria do Rosário Bragança, fez-se um minuto de silêncio em memória das duas médicas angolanas "combatentes da linha da frente que perderam as suas vidas neste combate sem tréguas contra um inimigo invisível, a COVID-19".
A ministra Sílvia Lutucuta disse que as médicas Virgínia Narciso e Maria Antónia Sebastião foram quadros valiosos de renomada competência que deixam um legado e marca indelével no Serviço Nacional e Saúde.
Entre os novos casos positivos, quatro foram diagnosticados na província de Cabinda, dois em Benguela, um no Zaire e 152 em Luanda, nas localidades de Belas, Talatona, Maianga, Viana e Cacuaco. Quanto ao género, 103 são do sexo masculino e 56 do sexo feminino, com idades entre um e 67 anos.
Com estes dados, Angola contabiliza 5.370 casos positivos, dos quais 193 óbitos, 2.436 recuperados e 2.751 activos.
Os laboratórios de testagem por RT-PCR processaram 2.541 amostras, das quais 159 positivas. O registo acumulado de testagem por RT-PCR é de 97.544 amostras processadas desde o principio da pandemia.
Com o início das aulas no ensino geral e superior, marcadas para segunda-feira, 5, os resultados dos testes de COVID-19 feitos a 3.000 professores, na última semana, poderão ser conhecidos este domingo, 4, garantiu a titular da Saúde.
Além dos docentes de Luanda, foram também analisados os professores provenientes de outras províncias retidos em Luanda, devido às medidas que visam cortar a cadeia de transmissão do novo coronavírus.
De acordo com a ministra Sílvia Lutucuta, caso um professor seja diagnosticado com a doença, o mesmo será isolado e colocado em quarentena, à semelhança do que acontece com outros cidadãos.
As autoridades sanitárias vão continuar a testar os professores do ensino privado e público, mesmo depois do reinício das aulas, segundo Sílvia Lutucuta.
A ministra informou que uma equipa de vigilância, composta por efectivos das Forças Armadas Angolanas (FAA), técnicos de saúde e monitores do Ministério da Educação, foi criada para dar resposta aos casos que possam surgir.
As crianças que sofrem de doenças crónicas devem permanecer em casa e os encarregados de educação terão a incumbência de buscar a matéria, esclareceu a ministra da Saúde.
Sílvia Lutucuta anunciou que Angola faz parte dos países a ser contemplado com a vacina da COVID-19 produzida pela Rússia, depois de ser certificada e devidamente testada.