A informação foi prestada nesta terça-feira, 18 de Janeiro, em Luanda, pelo o director do Instituto Nacional de Fomento da Sociedade da Informação (INFOSI), André Pedro, depois da inauguração da plataforma tecnológica pelo Presidente da República, João Lourenço.

"Das 25 startups que o edifício tem para albergar de forma simultânea, se forem bem-sucedidas podemos falar em volta de mil ou dois mil empregos, o que seria uma safra significativa para o sector das Telecomunicações”, assegurou o director do INFOSI.

O responsável considera que a Digital.ao é um projecto multidisciplinar que não se resume apenas nas startups tecnológicas.

"É um projecto que começou há cinco anos, com cursos técnicos profissionais gratuitos e então a direcção do Ministério entendeu que pudéssemos proporcionar num espaço mais cômodo, com melhores condições, para jovens inovadores que de facto têm apostado para encontrarem conforto no sector das Telecomunicações para o auto-emprego”,referiu.

O ministro das Telecomunicações, Tecnologia de Informação e Comunicação Social, Manuel Homem, disse no acto de apresentação do projecto que a infra-estrutura é moderna e actual.

"Estamos perante uma infra-estrutura moderna e actual, com elevada margem de progressão de réplica a nível nacional, capaz de fomentar o emergir de uma sociedade da informação, mais preparada e produtiva, em que a utilização racional, eficiente e orientada para as novas tecnologias de informação e comunicação busca apoiar e contribuir para o desenvolvimento económico e social dos jovens, das famílias, das instituições e do país de forma geral”.

Hélio Vasconcelos e Delvi da Silva são jovens que se orgulham pela iniciativa do Governo ao criar a Incubadora Tecnológica, pelo facto de poderem ter oportunidade de aprimorar os seus conhecimentos e fomentar o auto-emprego.

"Que continuem a nos oferecer mais incubadoras como esta”, disse Hélio Vasconcelos que entende não ser fácil, numa fase como esta de pandemia, receber uma incubadora.

Por sua vez, Delvi da Silva mostrou-se satisfeito pela oportunidade de estar na Incubadora e augura que mais províncias tenham esta iniciativa.

"Sei que muitos estarão satisfeitos quando tiverem esta oportunidade de cá estarem. Assim como eu, irão louvar esta iniciativa e augurar que mais províncias tenham um edifício semelhante”, concluiu.

A Incubadora Tecnológica junta-se às demais iniciativas do Governo que visam formar jovens empreendedores para o fomento do auto-emprego.

Daniel Batubenga, um dos formadores, vai dedicar-se ao aperfeiçoamento dos conhecimento dos formandos para lançarem-se ao mercado de emprego.

"As nossas formações são todas de caracter práticas. Os alunos vão poder trabalhar com infra-estrutura de rede tão realística, da forma como vão encontrar nas empresas, onde eles forem empregados”, disse para assegurar que alguém que se forma na Incubadora não terá dificuldades noutra empresa.

"Tudo que vai aprender aqui poderá ser encontrado também naquela empresa. E além disso, nestas formações nós estaremos dando os primeiros passos à computação em nuvem. Sabemos todos que estamos numa corrida para a tecnologia 5G e uma pessoa que aprenda a 5G será um profissional valioso no mercado”.

O formador encorajou outros jovens a seguir o exemplo de Hélio Vasconcelos, dirigindo-se à Digital.ao, na salas de startups, que poderão ter uma mentoria para melhorarem as suas habilidade de desenvolvimento de software.

A incubadora tecnológica, localizada na zona dos CTT, Distrito Urbano do Rangel, no  município de Luanda, visa igualmente potenciar pequenas, médias e grandes empresas.